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Vitamina D: vem chegando o verão!

“Vem chegando o verão / O calor no coração”: a famosa música de Marina Lima, chamada “Uma Noite e Meia” e lançada em 1987, tem muito a ver com… seus ossos. E seus dentes. E sua saúde física.

“O calor no coração”, a “magia colorida” são as cores e as forças da alegria, da sedução, do romance, da juventude, na voz e na guitarra da cantora, mas o sol do verão carrega mais do que essa vibração que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro nos dão. O sol também nos oferece a vitamina D.

É ela que ajuda a regular a quantidade de cálcio e fosfato no corpo, os nutrientes necessários para manter os ossos, dentes e músculos saudáveis.

A falta de vitamina D pode causar deformidades ósseas, como raquitismo em crianças, e dor óssea causada por uma condição chamada osteomalácia, em adultos.

Fontes de vitamina D

A música pop de Marina Lima, que embalou a juventude da época, pode ser um hino à estação do ano, que se inicia com o solstício de verão, evento astronômico que se caracteriza pelo Hemisfério Sul, onde o Brasil está, ficar inclinado a maios ou menos 23,5 graus na direção do sol.

A partir daí, os dias se tornam mais longos, as temperaturas sobem, as chuvas caem, as roupas ficam mais curtas e as praias, mais lotadas.

É justamente por ter dias mais longos que o verão se torna o período que a maioria das pessoas deve ser capaz de produzir toda a vitamina D de que precisa apenas com a luz do sol.

O corpo cria vitamina D a partir da luz solar direta na pele quando está ao ar livre.

No Hemisfério Norte, o verão vai de junho a setembro e é tão quente quanto o nosso. Mas as outras estações são bem definidas a ponto de o sol ser mais raro, como é o caso da Inglaterra. Assim, há pessoas no Globo Terrestre que não produzem vitamina D suficiente com a luz do sol nesses períodos.

Elas precisam recorrer a outras fontes, como alimentos: peixes oleosos – salmão e sardinha, por exemplo – carne vermelha, fígado, ovo, cereais matinais e suplementos dietéticos.

No Brasil, entretanto, há veranicos, os chamados “verão fora de hora” por quase todo o ano, o que ajuda a manter a luz solar intensa.

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Quantidade

“Essa noite eu quero te ter / Toda se ardendo só pra mim”: o jogo de palavras entre o desejo e a pessoa queimada de sol faz do refrão de “Uma Noite e Meia” um dos mais famosos e cantados na música brasileira.

Mas é bom não exagerar. Exposição excessiva ao sol e sem proteção de filtros pode trazer problemas sérios à pele da pessoa, como o câncer, por exemplo. É bom saber dosar.

Crianças a partir de 1 ano de idade e adultos precisam de 10 microgramas de vitamina D por dia. Isso inclui mulheres grávidas e lactantes e pessoas com risco de deficiência de vitamina D.

Bebês de até 1 ano de idade precisam de 8,5 a 10 microgramas de vitamina D por dia.

Um micrograma é 1.000 vezes menor do que um miligrama (mg). A palavra micrograma às vezes é escrita com o símbolo grego μ seguido pela letra g (μg).

Às vezes, a quantidade de vitamina D é expressa em Unidades Internacionais (UI). 1 micrograma de vitamina D é igual a 40 UI. Portanto, 10 microgramas de vitamina D é igual a 400 UI.

Pessoas entre 1 e 70 anos precisam de doses diárias de 600UI. Acima de 70 anos, 800UI.

Grávidas e em amamentação precisam de 600UI.

É difícil para as pessoas obter vitamina D suficiente apenas com alimentos, então é bom sempre ter recomendações embasadas, como as de um nutricionista.

Tomar muitos suplementos de vitamina D durante um longo período de tempo pode causar um acúmulo excessivo de cálcio no corpo, a chamada hipercalcemia. Isso pode enfraquecer os ossos e danificar os rins e o coração, que é exatamente o oposto do que se busca ao receber vitamina D na medida certa.

Atenção para a cor da pele

Pessoas com pele clara precisam de menor exposição ao sol do que as de pele mais escura.

O ideal: em torno de 20 a 30 minutos diários para as pessoas de pele clara e pelo menos uma hora para quem tem pele mais escura.

Níveis

Níveis bons de vitamina D no corpo, de acordo com a ciência, são acima de 30 nanogramas por mililitro (ng/ml) para pessoas saudáveis até 60 anos. Menos que 20 ng/ml, há deficiência grave. Entre 21 e 29 ng/ml, uma deficiência leve.

O exame de sangue para determinar a quantidade é o 25-hidroxivitamina D.

Deficiência de vitamina D

O que se quer evitar é a deficiência de vitamina D no organismo. Ela causa diminuição na quantidade de cálcio e fosfato no sangue, o que enfraquece os músculos, ossos e dentes.

Pode causar osteomalácia ou osteoporose em adultos. A fraqueza nos ossos faz com eles quebrem com mais facilidade, em especial os coluna, quadril e pernas.

Mas a deficiência leva à dor nos ossos, sensação de fadiga, fraqueza, espasmos musculares, atraso no crescimento das crianças, raquitismo, arqueamento das pernas e demora no nascimento dos dentes das crianças.

Causas

Não é só a falta do sol – ou do verão – que causa deficiência de vitamina D.

Doenças como lúpus, celíaca, síndrome do intestino curto, insuficiência renal crônica, fibrose cística, pedras na vesícula, insuficiência cardíaca podem se relacionar à deficiência.

O controle para pessoas nessas situações precisa ser mais efetivo.

E lembre-se de curtir o verão com bastante sabedoria: beber muita água, tomar sol nos horários indicados e protegendo a pele, curtir os amigos, a família e a natureza.

Ah, claro: cuidar das paixões de verão também, porque com vitamina D a gente consegue cálcio e fosfato, mas ninguém quer um coração de ferro (ou de pedra).

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