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Osteoporose: o Senhor Vidro e a medicina como super-herói

Elijah Price vive em uma cadeira de rodas ou andando com uma bengala. Ele possui uma deficiência genética chamada osteogênese imperfeita, que afeta como o corpo produz colágeno, a proteína que ajuda a fortalecer os ossos. Em qualquer situação cotidiana, seus ossos quebram. E ele sente dor com isso.

Ele tem “ossos de vidro”; por isso, é chamado de “Senhor Vidro”.

A doença é grave, mas Elijah Price é um personagem fictício. Foi interpretado no cinema pelo grande Samuel L. Jackson, no filme “Corpo Fechado”, de 2000, com direção de M. Night Shyamalan.

E era o vilão. Um vilão que via no personagem de Bruce Willis um super-herói da vida real, para além dos quadrinhos, porque Willis havia sofrido um acidente de trem, onde todos morreram, menos ele. O personagem de Willis nunca ficava doente, muito menos quebrava os ossos. Por conta de sua condição, o “Senhor Vidro” invejava todos aqueles que podiam simplesmente viver com normalidade.

Mas, apesar da raridade da condição do personagem fictício, a vida real nos apresenta uma doença que está bem longe de ser rara – e que tem relação com os ossos.

Osteoporose

Quando falamos de osteoporose, imaginamos aquele idoso com os ossos frágeis e distorcidos ou já acometido por uma ou mais fraturas, mais comumente no fêmur, punho ou coluna vertebral.

Ela é uma condição que deixa os ossos frágeis e porosos. Com o passar do tempo, aumenta-se o risco de fraturas, sobretudo nos punhos, quadris e coluna vertebral, às vezes, gerando hospitalizações e cirurgias. Não é um quadro extremo como o do “Senhor Vidro”, mas é algo que requer bastante atenção e preocupação.

Até porque a osteoporose é silenciosa. Não apresenta sintomas até que o problema já esteja em estado avançado.

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Tipos

A forma mais comum de osteoporose, também chamada de primária, entretanto, pode surgir já na quarta década de vida, acometendo principalmente mulheres.

O que devemos nos atentar é que um terço das osteoporoses são, no entanto, secundárias.

Ou seja, há outros fatores que induzem à perda de massa óssea, e muitos deles têm a ver com o estilo de vida. Por exemplo: etilismo, tabagismo, uso frequente de corticoides, hipotireoidismo, cirurgias bariátricas, tumores, entre outros.

Nesses casos, podemos encontrar indivíduos com osteoporose antes mesmo de quarenta anos de idade.

No caso das mulheres, mudanças hormonais que surgem com a menopausa, interferem diretamente na perda de massa óssea – a osteoporose pós-menopáusica.

Detecção e tratamento

A osteoporose precisa ser encarada com seriedade.

Mesmo que a consulta tenha outra finalidade, na Ibedor, o corpo clínico já inclui rotineiramente exames específicos para detecção precoce dessa doença e seu tratamento adequado.

Para conter a perda de massa óssea, é preciso ajustar a dieta para ingestão adequada de cálcio e vitamina D, inclusive com suplementos, exercícios físicos e medicação.

Tais cuidados e tratamentos não existem para a doença rara do “Senhor Vidro”. Mas para a osteoporose, que é bem comum, a medicina e a atenção cuidadosa funcionam como super-heróis: podem ajudar e dar qualidade de vida.

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