DOENÇAS

OMBRO

Sinais e Sintomas

A maioria das queixas de ombro estão relacionadas à dor, sobretudo à noite. Essa dor pode ser espontânea, após atividades ou esforços físicos, ou após alterações da saúde em geral (como infecções respiratórias, AVC, infarto, entre outros).

Além de dor, algumas patologias do ombro podem diminuir ou limitar os movimentos, sobretudo os de elevar e/ou rodar o braço (apanhar roupas num varal ou alcançar as costas, respectivamente).

Mais raramente, pode haver sensação de peso, formigamento ou o aspecto de inchaço dessa articulação.

Causas

 Podemos dividir as causas em:

– Inflamatórias (as mais comuns): tendinites, bursites, artrites, sinovites;

– Degenerativas: tendinoses, artroses, condroses;

– Infecciosas: agentes bacterianos (por exemplo, pós-cirurgia), fungos ou vírus;

– Traumáticas: rupturas do manguito rotador (a mais comum sendo a ruptura do músculo supraespinhal), fraturas da cabeça do úmero, da clavícula, da omoplata, luxações glenoumerais, entorses, etc.;

– Tumorais: fratura após enfraquecimento do osso por um cisto ósseo simples, tumores malignos, metástases ósseas, etc.

 É importante dizer que nem sempre a dor do ombro tem uma origem nessa articulação: por exemplo, uma hérnia de disco cervical com compressão da raiz nervosa local pode gerar uma dor que se irradia ao ombro, mesmo sendo a origem na coluna cervical.

 Alguns tumores localizados no ápice do pulmão, compressões de vasos sanguíneos perto da clavícula, infarto do coração e/ou linfonodomegalias cervicais são exemplos de doenças que podem ter uma irradiação pra o ombro sem serem originárias dessa articulação.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com:

– Patologia e o seu tempo de início;

– Idade do paciente;

– Exposição ao trabalho e a atividade física;

– Saúde geral do paciente;

– Intensidade da dor;

– Presença de malignidade (câncer).

 As causas inflamatórias são as mais frequentes (tendinites, artrites e bursites), seguidas das causas degenerativas – para esses grupos, a primeira opção é o tratamento conservador: mudanças de hábitos de vida, conscientização corporal, implementação de atividades físicas, medicamentos, fisioterapias, acupuntura, entre outros.

 Casos refratários podem se beneficiar com a inoculação do fármaco no local da dor (as chamadas “infiltrações”), que podem ser dentro ou fora da articulação.  Em geral, são usados agentes anti-inflamatórios (corticóides), ácido hialurônico ou, mais modernamente, ortobiológicos, como a proloterapia, o plasma rico em plaquetas e o aspirado de medula óssea.

Também podemos utilizar os bloqueios de nervos da articulação, como adjuvantes pra dar alívio na dor, gerar confiança e estímulo ao paciente para o programa de exercícios de fortalecimento.

 Mais modernamente temos utilizado a técnica de neuromodulação (química ou por radiofrequência), para atingir esses objetivos com bastante êxito e segurança, por tratarem-se de procedimentos pouco invasivos e ambulatoriais.

 As causas infecciosas geralmente exigem a administração de algum agente antimicrobiano, podendo ser necessária a intervenção cirúrgica (por exemplo), para drenar um abscesso no interior da articulação.

 Os traumatismos exigem uma avaliação detalhada do especialista, já que uma mesma lesão pode ter mais de uma opção de tratamento: uma fratura pode ser tratada conservadoramente ou através de cirurgia, dependendo da idade do indivíduo, do seus hábitos e exigências físicas, do tempo ocorrido, entre outros fatores.

 As malignidades devem ser referenciadas a especialistas e exigem tratamentos complexos, tanto conservador quanto cirúrgico.